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Por que o lixão tem que acabar?

Aonde o seu lixo vai parar? A sua resposta é “no lixão”? Então, é preciso repensar.

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22/11/2021

Aonde o seu lixo vai parar? A sua resposta é “no lixão”? Então, é preciso repensar. Mas, antes de tudo, torna-se fundamental fazer uma outra observação: lixo não é a palavra mais adequada para se referir aos materiais que, a princípio, parecem não possuir valor ou utilidade. O termo adequado é resíduo, que traz a ideia de reutilização e até mesmo de reciclagem, criando um pensamento de ciclo de vida para qualquer material. Lixão também é um outro assunto que merece ser observado. Com esse texto, você vai entender o porquê.

Como os resíduos estão sendo descartados?

Cerca de 40% dos resíduos, no Brasil, continuam sendo dispostos incorretamente. O dado é do Panorama dos Resíduos Sólidos no Brasil 2020, realizado pela Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública (Abrelpe). Seja em lixões a céu aberto ou em aterros controlados, esses resíduos são depositados diretamente no solo, sem nenhum controle ambiental ou sanitário, trazendo malefícios ambientais, sociais e de saúde pública.

O descarte incorreto de resíduos ainda é um problema gigantesco no Brasil e no mundo. Nem todo resíduo pode ser reciclado, mas existem formas de descarte que são mais adequadas, como a compostagem e o reaproveitamento de resíduos orgânicos para geração de energia, usando biodigestores. Para os rejeitos, a disposição final ambientalmente adequada são os aterros sanitários, medida prevista na Política Nacional de Resíduos Sólidos.

Lixão e aterro sanitário: afinal, qual é a diferença?

Diferentemente dos lixões, os aterros sanitários são projetados para a disposição final dos rejeitos urbanos. Nele, são feitas tanto a impermeabilização do solo quanto o tratamento de chorume e biogás, subprodutos gerados a partir da decomposição da matéria orgânica.

Já no lixão, os resíduos são depositados no solo de forma inadequada, sem medidas de proteção ambiental ou sanitária, o que é ilegal. Vale ressaltar que os lixões são ambientes altamente insalubres, especialmente para catadoras e catadores, que  ficam expostos a riscos físicos, químicos, ergonômicos e de acidentes.

Logo, as principais diferenças entre os dois são o tratamento que os resíduos receberão e o controle ambiental e sanitário do meio ambiente.

Quais são os malefícios do lixão?

O lixão gera vários problemas: ambientais, sanitários e de segurança, o que afeta toda a sociedade. Dentre os problemas sanitários, estão a proliferação de doenças, causadas por animais e insetos. O acúmulo de água resultante de restos de resíduos e alimentos, por exemplo, serve de criadouro do Aedes aegypti, transmissor da dengue, febre amarela, zika e chikungunya.

Lixões próximos a moradias podem ser focos de doenças para quem vive ao redor ou trabalha nesses ambientes. Muitas famílias tiram seu sustento a partir da venda de materiais recicláveis encontrados no lixão, trabalhando em condições precárias e insalubres, colocando sua saúde em risco. Sem meios de segurança, são expostos a acidentes, como: cortes de vidro, contaminação por líquido de pilhas, baterias e solventes, além dos materiais descartados incorretamente, como é o caso dos resíduos hospitalares.

Do ponto de vista ambiental, os lixões são responsáveis por diversas formas de poluição. A decomposição da matéria orgânica gera a emissão de gases de efeito estufa, principalmente o metano (CH4) e o gás carbônico (CO2). Esses gases são extremamente tóxicos para o meio ambiente e para todo tipo de vida. Consequentemente, essas emissões contribuem significativamente para o aquecimento global.

Em razão do solo não ser impermeabilizado nos lixões, ocorre, também, a criação de chorume (líquido proveniente da decomposição da matéria orgânica presente nos resíduos). Esse líquido se infiltra na terra e pode chegar às águas subterrâneas, como os lençóis freáticos, e contaminá-los.

O trabalho da Pragma na logística reversa

Ao separarmos corretamente os resíduos na fonte, fazemos o descarte correto. Na outra ponta, prefeituras implementam a coleta seletiva e empresas realizam a logística reversa de seus produtos e embalagens. Com essa atuação conjunta, ampliamos a quantidade de resíduos reutilizados e reciclados, evitamos que estes sejam dispostos inadequadamente em nossas cidades, rios e mares, além de contribuirmos para o fim dos lixões no país.

A reciclagem evita a realização de uma parte significativa dos processos de produção e extração da matéria virgem. Grande parte dos processos produtivos emitem, sejam direta ou indiretamente, partículas de gás carbônico, o mais nocivo dos gases de efeito estufa. Eliminando uma etapa do processo produtivo, controla-se uma parte das emissões dos gases responsáveis pelo aquecimento global. Além do mais, quando os materiais recicláveis não são dispostos em aterros sanitários, estes apresentam uma vida útil maior, economizando recursos que podem ser investidos em outras etapas do gerenciamento de resíduos, como a coleta seletiva.

A atuação da Pragma na educação ambiental e na logística reversa acontece por meio do Recupera. O programa promove ações estruturantes que oportunizam trabalho com maior qualidade e inclusão para catadoras e catadores de materiais recicláveis. Além de contribuir para o cumprimento das metas de recuperação do setor empresarial, o Recupera colabora para o aumento dos índices de reciclagem no Brasil.

Então, qual é a destinação correta do seu resíduo? A melhor opção é a separação adequada entre úmido e seco, destinando este último para reciclagem e o primeiro para compostagem, sempre que possível, em ambos os casos. Mas, quando a compostagem ou a reciclagem, tecnicamente, não são possíveis, temos a opção da disposição final dos rejeitos para um aterro sanitário, que deve ser implementada com os requisitos técnicos exigidos nas normas legais.

Por fim, o envio de resíduos para os quase 3 mil lixões ainda existentes no Brasil é inadequado e extremamente prejudicial para sociedade e o meio ambiente. Por isso, nós, da Pragma, estamos empenhados nos esforços de fechamento de todos os lixões do país, garantido a inclusão socioeconômica dos catadores de materiais recicláveis.

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